Inspirada na arquitetura  modernista / brutalista de renomados arquitetos do cenário nacional, citamos Paulo Mendes da Rocha como a maior entre muitas inspirações. A casa FG inserida no meio urbano de Curitiba, voltada para uma via pública, tem como característica inicial, a privacidade, garantida pela fachada com aberturas protegidas pelo cobogó.

“O cobogó surgiu no Brasil na década de 1920, herança da cultura árabe, baseado nos muxarabis que eram construídos em madeira. Já os cobogós, na sua maioria, são cerâmicos e cimentícios.”

A casa se abre para o jardim posterior através de grandes aberturas. No pavimento superior os quartos abrem para um terraço comum que possibilita vista ao horizonte, visto a topografia acidentada que segue em declive. Já no térreo, a área social composta pelas salas de estar, jantar e  varanda gourmet integram com o jardim e piscina. A área de serviço com acesso exclusivo é lateralizada, mantendo assim os usos independentes.

A volumetria cúbica composta pelos planos brancos em alvenaria e com os fechamentos das vigas em concreto aparente que formam as marquises e pergolado da fachada mantém a casa com o tom de sobriedade e atemporalidade.

Ainda sobre a volumetria e materiais da fachada, os blocos de base marcados pelo revestimento cerâmico natural, o tijolo a vista, destacam no seu topo as floreiras que por sua vez trazem o dinamismo que as estações do ano e espécies vegetais são capazes de oferecer.